É verdade. Participo da poplist menos do que gostaria. E quem sou eu
para, nas poucas vezes que participo, divulgar algo, seja o Altman,
seja meu livro ou meu curso? Aí me toquei que, da mesma forma que as
pessoas precisam me apresentar The Killers, Artic Monkeys e Interpol,
preciso me apresentar aos Killers, Monkeys e Intepols da poplist.
Muito prazer, Dodô Azevedo. Leio a poplist todo dia. É melhor do que
qualquer outro sítio da rede. Os mais novos pensam exatamente como eu
gostaria de pensar, se fosse mais novo. Dodô Azevedo, jornalista de
cultura entre 90 e 98, professor de Literatura e Estudos da Linguagem,
coordenador pedagógico de uma rede de Colégios no Rio (sou aquele cara
que recebe em sua sala pruma conversa os alunos desajustados e receita
o Chatolic Education do TFC, além do uso ortopédico vitalicio de all
stars), escritor (no momento pós-Flip empenhado em articular a
publicação da obra do argentino macanudo Liniers pela editora Casa da
Palavra), músico (ex-PELVs atual Pessoas do Século passado e
Monobloco), produtor musical (feliz proprietário do Estúdio Freezer,
que merecia ele só um livro), DJ há 14 anos (infelizmente agora
atuando quase que exclusivamente no mercado das festas fechadas, o que
afasta o sujeito do público e o deixa acomodado) e, que nome, personal
ippoder, há dois. Carioca e fã dos paulistanos. Tipo do sujeito que
fica feliz tomando um vinho no sofá com a namorada vestida com uma
calcinha do snoopy e uma camiseta sem marca ou referência a nada
assistindo a The Amazing Race, quando consegue num sebo obras de
Shelagh Delaney, quando ouve Ernesto Lecuona e quando chega o outono.
Tem uma gata chamada Ana, só usou Apple na vida, não fuma nada e sente
inveja de quem fuma tudo, tem gastrite crônica por ser fã de
destilados escandinavos e vai, pela 1a vez, correr a meia maratona do
Rio de Janeiro, só porque montou um set list no ipod pra isso. Três
conversas informais marcaram minha formação: com o Kurt Cobain sobre
quadrinhos e J. Mascis com Stephen Malkumus sobre João Gilberto e, a
definitiva, sobre café e meu complexo de inferioridade em relação a
pessoas cultas com o Hermeto Pascoal. De resto, sou um ignorante.
Vocês, rapaziada nova, me completam. Obrigado e sejam bonzinhos
comigo, me deixem brincar de ser lurker e divulgar coisas, pessoais ou
não, aqui na lista.
Killers, Monkeys e Ferdinands, me deixem manter o contato com o
Bianchini Fanclub, com a Cissa Nara Leão, com Jorge Ben Matias, com o
Takeda Wilco, com Melvin Weezer, o Vitor Ben Lee e outras pessoas do
século passado que (insira sua metáfora preferida) da vida não me
permite ver com a frequência que gostaria. E mimimi (viu como eu
aprendo rápido?)
Dou meu myspace, meu flickr, meu mail. Escrever com vocês não prometo.
Não gostaria de ser sócio de um bar, e sim de frequentá-lo. A cerveja
aqui é servida do jeito que eu gosto. E vocês enchem a caneca de graça
pra mim. Depois das quatro da manhã e 22 chopes biscoitos, sou capaz
de dizer que "amo vocês exatamente por causa disso, porra!". Mas são
três e trinta e quatro da manhã e estou tomando um chá. Humildade só
entre seis da manhã e o meio-dia.
Beijos a todos e muito prazer,
Dodô.
www.flickr.com/pessoas
www.myspace.com/dodoazevedo
freezerdodo@gmail.com
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ninguem le a poplist...
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